Pela homologação imediata do tombamento do Moinho São Jorge - Um depoimento andreense de Adalberto Dias Almeida

Senhor Prefeito Paulo Serra,

          Só para lembra-lo, que nossa cidade carrega um histórico de cidade sem memória, sem tradição, sem (quase) patrimônios históricos tombados, com uma população de trabalhadores historicamente de operários cumpridores de suas funções, salvo por uns elementos que tinham o privilégio de um divertimento.

         Esse Moinho São Jorge tem um valor incomensurável para mim, pois nele pedi a minha namorada em casamento. Inúmeras vezes dançamos naqueles salões maravilhosos ao som de ótimos músicos. Isso poderá ser apenas uma lembrança sem grande afinidade e apreço, mas para mim tem um valor imenso. Minha família tem momentos de elevado valor, principalmente porque esse "imóvel" é um símbolo sagrado de uma formação sólida e diga dos quase 60 anos juntos. Poderá ser pouco no panorama de mercado imobiliário ou mesmo de ínfima justiceira patrimonial, porém, se julgarmos a quantidade de criaturas que tiveram essa "fábrica de sonhos" não haverá outro local nesse mundo que substitua esse nicho de felicidade.

          Perdê-lo significa um gesto de falta de respeito pela memória destes que ajudaram Santo André ser uma cidade feliz, sem memória, sem história, porque a ganância de poder NÃO SUPERA O VAOR DA FELICIDADE.

Assino com veemência 

Adalberto dias Almeida

Instituto do Patrimônio do ABC