Carta-aberta ao Prefeito de Santo André, Sr. Paulo Serra

 

Ao Sr. Paulo Serra, Prefeito de Santo André – SP

PELA HOMOLOGAÇÃO IMEDIATA DO TOMBAMENTO DO MOINHO SÃO JORGE

Marco referencial importante da paisagem andreense, nós, abaixo-assinados, vimos solicitar ao Senhor Prefeito Paulo Serra a homologação imediata do tombamento do Complexo Industrial Moinho São Jorge de modo a valorizar, não apenas o passado industrial da cidade, mas, também, o papel desempenhado por esse complexo na memória local diante das atividades socioculturais ali desenvolvidas e das muitas lembranças que os bailes no Palácio de Mármore trazem aos moradores de Santo André.

Em reunião de 19 de janeiro de 2021, o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André – COMDEPHAAPASA, aprovou por unanimidade o tombamento do complexo industrial do Moinho São Jorge, destacando os valores desse conjunto como patrimônio cultural que se expressam em:

1) valor de referência na paisagem, diante de sua composição e impacto visual na Cidade;
2) valor histórico, por sua relevância e papel de destaque no cenário nacional, estadual e municipal junto às ações de produção de farinha, estocagem e distribuição de trigo no país durante cerca de duas décadas;
3) valor de singularidade da monumental edificação no desenvolvimento da trajetória da indústria moageira de trigo no contexto nacional;
4) valor de qualidade arquitetônica industrial, adaptada especificamente à produção de derivados de trigo, mantendo até os dias atuais a inteligibilidade das funções do conjunto e de cada uma das partes que compõem o complexo;
5) valor de antiguidade pela permanência no tempo por mais de sessenta anos de atuação;
6)valor artístico das obras de arte e artistas que as criaram e reproduziram no interior do complexo industrial;
7) valor simbólico da marca de farinha São Jorge, mantendo-se na lembrança dos consumidores;
8) valor memorialístico tanto como representante do patrimônio industrial, como também sua inserção na memória local diante das atividades socioculturais desenvolvidas no salão de festas, denominado popularmente de ‘Palácio de Mármore’.

Sabedores que essa área sofre interesses da especulação imobiliária predatória sob a atenção de novos usos sem planejamento urbano e alheio aos interesses publicos, temos a certeza da urgência de tal ato que vai valorizar a cultura andreense para que não se apague importante memória industrial, valorizando a força de trabalho que manteve a indústria potente na cidade.

Importante lembrar que tombar não é congelar o imóvel e sim, valorizar nossa história, clamamos HOMOLOGAÇÃO JÁ.

Coragem, prefeito Paulo Serra!

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